Quenta Silmarillion - Capítulo II: De Aulë e Yavanna: A origem dos Anãos e dos Ents

17/11/2019

Os dois Valar que dão nome a este capítulo, no nosso livro de estudos, são importantes em mesmo grau, mas de maneiras diferentes. o que é narrado nessa parte da história é um conto curto mas de essencial compreensão para os papéis dos Valar, Anãos, Ents e o próprio Eru Ilúvatar

O Capítulo inicia falando que Aulë desejava ter aprendizes a quem pudesse passar suas habilidades, porém, tomado por uma pressa, ele não esperou pelos Filhos de Ilúvatar (Elfos e Homens),  que ainda estavam apenas mente d'Ele e na lembrança da visão dos Ainur.

Aulë sem saber ao certo a forma dos Filhos, criou uma raça forte e obstinada. Em sua mente os anãos fariam frente aos projetos malditos de Melkor.

Aulë cria, então os Sete Pais dos Reinos dos Anãos num palácio de pedra, sob as montanhas da Terra-média. E começa a lhes dar vozes e ensinar a língua que ele havia inventado para eles. Porém, Ilúvatar fica sabendo o que está sendo feito por Aulë e lhe dirige a palavra. Nesse momento, Aulë emudece.

Ilúvatar questiona a finalidade da criação de Aulë, e pede para que explique como ele dava "vida" as suas criaturas se Aulë não tem esse dom. Pois quem tem a "chama" para dar alma e consciência é Eru Ilúvatar. Sendo assim, ele explica para Aulë que se estiver ocupado em outra coisa, suas criaturas ficarão estáticas, sem movimento ou pensamento, como marionetes presas ao criador delas. E questiona para Aulë se é isso o que ele deseja.



Aulë então reflete sobre seus atos e se sente arrependido, portanto, ele viu que sendo parecido com o Pai Eru, procurou preencher a Terra-média com vozes e vida inteligentes, ainda assim ele entregou a Eru sua criação para sacrifício, sacando o martelo e levantando-o no alto, ele ria desferir o golpe que acabaria de uma vez com o futuro da raça dos Anãos.

Mas naquele instante os pequenos se encolheram de medo e imploraram por misericórdia.

Eru então explica que essa era uma prova da humildade de Aulë e com isso aceitou a oferta do Vala, e abençoou aqueles seres com a chama da Vida. Ainda assim, ele pediu para que o Vala, pusesse sua criação num sono profundo até a chegada dos Primogênitos (Elfos), desta forma os Anãos são os filhos adotivos de Eru, e os elfos são escolhidos d'Ele.



Aulë manteve em segredo sua criação para os outros Valar, mas acabou contando para Yavanna e causou-lhe um certo desespero, pois ela vê que os anãos serão uma raça impiedosa com a natureza, usando seus machados em madeira e pedra, extraindo-lhe a riqueza e beleza. Aulë tenta explicar que eles serão tão culpados quanto os  Filhos de Eru, portanto eles serão construtores e comerão daquilo que a Terra-média tem para oferecer, e acredita que eles irão respeitar e serem gratos por todas as criações de Yavanna e Eru. 

Porém Yavanna não se conforma, e ela acredita que Melkor corromperá os corações duros dos Anãos. Ela se sente ameaçada, porquanto ela imagina que todos as suas criações, fauna e flora (Kelvar e Olvar), serão subjugadas por outras criaturas de outros Valar, seja Melkor, seja Aulë ou até os Filhos de Eru.

Yavanna tenta solucionar esse problema, imaginando que seria bom que as árvores pudessem se defender das ameaças de seus dominadores e falassem e por todos os seres que tem raízes. 

Reclamando isso para Manwë, o Rei dos Valar ele analisa os desejos e pensamentos de Yavanna, e vê que a vontade dela estava explícita desde a música dos Ainur,  e Eru lhe fez ter uma visão de coisas novas e vindouras, que ainda estavam ocultas. Manwë então passa um "recado" de Eru para Yavanna, dizendo que um tipo de ser, com espíritos enviados pelo próprio Eru, serão reverenciados e temidos pelos Primogênitos em seu apogeu na juventude dos Seguintes (Humanos), e eles residirão entre Kelvar e Olvar.

Manwë promete que as Águias do Rei,  as maiores aves da Terra-média, irão voar pelos céus antes do despertar dos Filhos de Ilúvatar.

Yavanna lhe oferece um a copa das árvores ao que Manwë diz apenas as montanhas de Aulë serão altas o suficiente para que as águias ouçam as vozes dos que chamam pelos Valar.  E nas florestas, os Pastores das Árvores -  (os Ents) -  irão caminhar. 

Ela então se despede dele e vai ao encontro de Aulë, que está na forja, ela então lhe conta o quanto Erü é misericordioso, e que os filhos de Aulë devem temer os Pastores de Árvores. 

Aulë, sem parar seu trabalho de ferreiro, lhe responde apenas que os anãos continuarão a precisar de madeira.


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